sábado, 26 de agosto de 2017

Pílula Anticoncepcional

O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) ou pílula anticoncepcional é um comprimido que tem em sua base a utilização de uma combinação de hormônios, geralmente estrogênio e progesterona sintéticos, que inibe a ovulação. O anticoncepcional oral também modifica o muco cervical, tornando-o hostil ao espermatozoide.
O uso desse método contraceptivo deve ser indicado pelo médico ginecologista, pois somente após análise é possível indicar qual a pílula adequada ao seu organismo.
Recentemente, com o avanço científico, surgiram pílulas com hormônios bioidênticos. Os hormônios bioidênticos são substâncias que têm estrutura química e molecular igual à dos gerados pelo organismo humano. Produzidos em laboratório, a partir de diversas matérias-primas, servem para desempenhar as funções dos hormônios do corpo – desde o controle do ciclo menstrual e do metabolismo até o tratamento da menopausa – e como anticoncepcional.
O hormônio sintético é uma substância processada e manipulada em laboratório e pode gerar mais efeitos colaterais que o hormônio natural ou bioidêntico . O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) é considerado um medicamento eficiente na prevenção da gravidez e seu índice de falha é de 0,1%.

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Tipos de Pílula


Dentre os diversos tipos de pílulas existentes, as mais receitadas são:
Pílula Monofásica: A pílula monofásica possui em sua fórmula estrogênio e progesterona com a mesma dosagem. É o comprimido anticoncepcional mais conhecido pelas mulheres. A utilização deve ter início entre o primeiro e o quinto dia da menstruação e termina quando a cartela acabar. Depois, é necessário parar por 7 dias.
Minipílula: A minipílula ou pílula sem estrogênio possui em sua base somente progesterona. É a pílula indicada para mulheres que estão amamentando e querem evitar uma nova gravidez. Para essas mulheres, a pílula deve ser tomada todos os dias, sem interrupção.
Pílula Multifásica: A pílula multifásica tem combinação de hormônios com diferentes dosagens conforme a fase do ciclo reprodutivo. Essas pílulas causam menos efeitos colaterais e possuem cores diferentes, para diferenciar a dosagem e o ciclo. A ordem da cartela deve ser respeitada.
Em 2007, foi lançada no Brasil a pílula anticoncepcional que contém em sua fórmula drosperinona e etinilestradiol. Essa nova pílula é mais eficiente por amenizar os sintomas físicos e emocionais causados pelos hormônios femininos, como tensão pré-menstrual, acne e síndrome dos ovários policísticos.
Trata-se de uma cartela de 24 pílulas, cada uma 3mg de drosperinona e 0,02mg de etinilestradiol. Para que o medicamento tenha eficiência, é preciso tomar uma pílula por dia durante 24 dias e 4 dias de intervalo.
Há também a pílula do dia seguinte, que deve ser usada somente em situação de emergência.

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Tratamentos e cuidados

O método contraceptivo oral é a prática de prevenção mais utilizada atualmente. Além da contracepção, a pílula anticoncepcional também é utilizada na terapia de algumas doenças que acometem uma parcela das mulheres.
Na parte clínica, os métodos contraceptivos são usados para o tratamento de sintomas de patologias, tais como sangramentos irregulares, cólicas menstruais, TPM, diminuição do fluxo menstrual, endometriose e síndrome dos ovários policísticos.
Existem estudos que apontam que a pílula anticoncepcional pode diminuir a incidência de câncer de ovário e de endométrio, doença benigna da mama, o desenvolvimento de cistos ovarianos funcionais, artrite reumatoide, doença inflamatória pélvica (DIP), gravidez ectópica e anemia por deficiência de ferro.
A terapia com contraceptivos orais também é utilizada no tratamento contra sangramento irregular ou excessivo, acne, hirsutismo (aumento de pelos em locais não comumente femininos), dismenorreia e endometriose. Para evitar alguns desses problemas, têm-se oferecido regimes alternativos de uso dos anticoncepcionais chamados de regime contínuo, quando a mulher não para de usar o anticoncepcional, e regime estendido, quando a mulher o usa por períodos prolongados, geralmente de 84 dias seguidos de 7 dias de pausa.
Esses regimes mostraram que há benefícios e efeitos colaterais nessa nova maneira de usar o anticoncepcional. Um dos efeitos colaterais é o “spotting” ou a perda de sangue (em pequena quantidade) durante o uso do anticoncepcional.
A maioria das pacientes não está consciente desses benefícios à saúde, bem como do uso terapêutico dos contraceptivos orais. Orientação e educação são necessárias para ajudar as mulheres a ficarem bem informadas a respeito de decisões de cuidados com a saúde e aderência aos tratamentos.

Dúvidas comuns

A pílula anticoncepcional engorda?
Algumas pílulas anticoncepcionais possuem como efeito colateral o inchaço e um ligeiro aumento de peso, entretanto, isto é mais comum nas pílulas de uso contínuo e nos implantes subcutâneos.
A pílula anticoncepcional é abortiva?
A pílula anticoncepcional não é abortiva, mas quando ela é tomada durante a gravidez pode trazer prejuízos ao bebê.
Como tomar a pílula anticoncepcional pela primeira vez?
Para tomar a pílula pela primeira vez deve-se tomar o primeiro comprimido no primeiro dia da menstruação.
Posso ter relações no período de pausa entre as cartelas?
Sim, não há risco de gravidez nesse período se a pílula foi tomada corretamente durante o mês.
Preciso parar de tomar a pílula anticoncepcional de tempos em tempos para 'descansar'?
Não é necessário.
O homem pode tomar a pílula anticoncepcional?
Não, a pílula anticoncepcional é indicada somente para mulheres não tendo nenhum efeito contraceptivo nos homens.
A pílula faz mal?
Assim como qualquer outro medicamento, a pílula pode fazer mal para algumas pessoas, e por isso suas contraindicações devem ser respeitadas.
A pílula anticoncepcional muda o corpo?
Não, mas no início da adolescência as meninas passam a ter um corpo mais desenvolvido, apresentando mamas e quadris mais largos, e isto não se deve a pílula, nem ao início das relações sexuais.
A pílula anticoncepcional pode falhar?
Sim, a pílula falhar quando a mulher esquece de tomar a pílula todos os dias, não respeita o horário da toma ou quando vomita ou tem uma diarreia até 2 horas após tomar a pílula. Alguns remédios também podem cortar o efeito da pílula.
Quando a pílula anticoncepcional começa a fazer efeito?
A pílula anticoncepcional começa a fazer efeito logo no primeiro dia de sua toma, no entanto, é melhor esperar terminar uma cartela para ter relações.
Tenho que tomar a pílula sempre no mesmo horário?
Sim, deverá preferencialmente tomar sempre no mesmo horário, mas pode haver uma pequena tolerância no horário, de até 12 horas, mas isto não deve se tornar uma rotina. Se houver dificuldade para tomar sempre no mesmo horário, talvez seja mais seguro optar por outro método contraceptivo.
A pílula contraceptiva protege contra doenças?
Existem alguns estudos que indicam que ela pode diminuir o risco de alguns tipos de câncer, no entanto, ela não protege contra doenças sexualmente transmissíveis, e por isso além de tomar a pílula, deve-se usar preservativo em todas as relações sexuais

Referências