sábado, 30 de setembro de 2017

Aborto na adolescência


O aborto na adolescência é uma decisão que vai trazer um grande impacto à vida da adolescente em questão. Algumas adolescentes optam por ter o bebê, outras preferem recorrer a uma interrupção voluntária da gravidez (IVG) por vários motivos.

No entanto, um aborto para travar uma gravidez na adolescência tem muitos riscos. Entre outros o aborto pode levar a um aumento da possibilidade de câncer de mama, doenças inflamatórias pélvicas, depressão e a contração de hepatite viral, como até a morte por hemorragia excessiva ou outras complicações.
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Dados sobre os abortos

Anualmente, acontecem até 3,2 milhões de abortos inseguros em países em desenvolvimento envolvendo adolescentes de 15 a 19 anos. Estima-se que 70 mil adolescentes em países em desenvolvimento morrem a cada ano por complicações durante a gravidez ou o parto.
As implicações da gravidez na adolescência e o que pode ser feito para garantir uma transição saudável e segura para a vida adulta são algumas das questões abordadas pelo relatório “Situação da População Mundial 2013”, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), que este ano traz como título “Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência”.

Segundo o documento, meninas que ficam grávidas antes dos 15 anos em países de baixa e média renda têm o dobro de risco de morte materna e fistula obstétrica que mulheres mais velhas, especialmente na África Subsaariana e no Sul da Ásia.
O estudo alerta ainda que todos os dias, nos países em desenvolvimento, 20 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz e 200 morrem em decorrência de complicações da gravidez ou parto.
Em todo o mundo, 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano, das quais 2 milhões são menores de 15 anos – número que pode aumentar para 3 milhões até 2030, se a tendência atual for mantida.
A gravidez indesejada na adolescência traz consequências para a saúde, educação, emprego e direitos de milhões de meninas em todo o mundo, e pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento de seu pleno potencial.

Em países desenvolvidos, afirma o estudo, 680 mil partos são de mães adolescentes. Cerca de metade deles acontece nos Estados Unidos. O documento do UNFPA aponta que 95% dos nascimentos de filhos e filhas de adolescentes ocorrem em países em desenvolvimento.
Os adolescentes representam cerca de 18% da população do mundo, sendo que 88% deles vivem em países em desenvolvimento.
O custo de oportunidade de vida relacionada à gravidez na adolescência – medida pela renda anual precedente da mãe ao longo da vida – varia de 1% do PIB anual, ou 124 bilhões de dólares, na China, a 30% do PIB, ou 15 bilhões de dólares, em Uganda.
A gravidez precoce tem um alto preço para as adolescentes nas áreas de saúde, educação e direitos. Também as impede de realizar o seu potencial e impacta negativamente o bebê. A economia do país também é afetada pela gravidez na adolescência, pelo fato de as mães adolescentes serem impedidas de entrar no mercado de trabalho.
No Quênia, por exemplo, se as mais de 200 mil mães adolescentes tivessem se empregado em vez de engravidar, 3,4 bilhões de dólares poderiam ter sido adicionados à economia.

Da mesma forma, aponta o estudo, se as meninas no Brasil e na Índia pudessem chegar até seus 20 anos para dar à luz, os países teriam uma maior produtividade econômica equivalente a mais de 3,5 bilhões e 7,7 bilhões de dólares, respectivamente.
O estudo afirma que a educação reduz a probabilidade de casamento precoce e retarda a gravidez. O casamento precoce está fortemente associado à gravidez na adolescência. Cerca de 39 mil garotas com menos de 18 anos se casam todos os dias, alertou a agência da ONU.
O documento do UNFPA pede uma “mudança no perfil de intervenções dirigidas às meninas” para “abordagens amplas que construam o capital humano das meninas, ajudem-nas a tomar decisões sobre as suas vidas, especialmente em matéria de saúde sexual e reprodutiva”, além de lhes oferecer “oportunidades reais para que a maternidade não seja vista como seu único destino”.
A abordagem proposta no estudo deve ter como alvo, diz a agência, “as circunstâncias, condições, normas, valores e forças estruturais que perpetuam a maternidade precoce, por um lado, e que isolam e marginalizam as meninas grávidas, por outro”.
“As meninas precisam ter acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e à informação. Elas precisam ser liberadas das pressões econômicas e sociais que muitas vezes se traduzem em uma gravidez, bem como da pobreza, da falta de saúde e da não realização do potencial humano que acompanham a gravidez”, afirma o estudo.
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Riscos do aborto na adolescência


– Aumento da possibilidade de câncer de mama
– Doenças inflamatórias pélvicas
– Depressão
– Morte por hemorragia excessiva entre outras complicações
– Infecções e febres altas
– Perfuração uterina
– Esterelidade
– Infertilidade
– Menstruação irregular
– Gravidez ectópica
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Como ocorre o aborto?


O aborto é a indução de parto, este procedimento pode ser feito através de medicamento, chás abortivos ou por um profissional da área da saúde, como por exemplo, as enfermeiras.
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Após a prática do aborto, as jovens ficam ressentidas por ter perdido o bebê e o arrependimento torna-se seu maior problema, começam a fantasiar:
– Se tivesse nascido, como seria seu rostinho?
– Com quem se pareceria?
– Seria menina ou menino?
– Escolhem o nome, mesmo que o bebê não tenha nascido

Ao iniciar uma vida sexual ativa recomendamos que procure um médico para realizar exames e iniciar o uso de método para prevenção de uma gravidez e até mesmo de DST, converse com seus pais, dessa forma você adolescente estará sendo responsável e prevenindo seu futuro.

sábado, 26 de agosto de 2017

Pílula Anticoncepcional

O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) ou pílula anticoncepcional é um comprimido que tem em sua base a utilização de uma combinação de hormônios, geralmente estrogênio e progesterona sintéticos, que inibe a ovulação. O anticoncepcional oral também modifica o muco cervical, tornando-o hostil ao espermatozoide.
O uso desse método contraceptivo deve ser indicado pelo médico ginecologista, pois somente após análise é possível indicar qual a pílula adequada ao seu organismo.
Recentemente, com o avanço científico, surgiram pílulas com hormônios bioidênticos. Os hormônios bioidênticos são substâncias que têm estrutura química e molecular igual à dos gerados pelo organismo humano. Produzidos em laboratório, a partir de diversas matérias-primas, servem para desempenhar as funções dos hormônios do corpo – desde o controle do ciclo menstrual e do metabolismo até o tratamento da menopausa – e como anticoncepcional.
O hormônio sintético é uma substância processada e manipulada em laboratório e pode gerar mais efeitos colaterais que o hormônio natural ou bioidêntico . O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) é considerado um medicamento eficiente na prevenção da gravidez e seu índice de falha é de 0,1%.

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Tipos de Pílula


Dentre os diversos tipos de pílulas existentes, as mais receitadas são:
Pílula Monofásica: A pílula monofásica possui em sua fórmula estrogênio e progesterona com a mesma dosagem. É o comprimido anticoncepcional mais conhecido pelas mulheres. A utilização deve ter início entre o primeiro e o quinto dia da menstruação e termina quando a cartela acabar. Depois, é necessário parar por 7 dias.
Minipílula: A minipílula ou pílula sem estrogênio possui em sua base somente progesterona. É a pílula indicada para mulheres que estão amamentando e querem evitar uma nova gravidez. Para essas mulheres, a pílula deve ser tomada todos os dias, sem interrupção.
Pílula Multifásica: A pílula multifásica tem combinação de hormônios com diferentes dosagens conforme a fase do ciclo reprodutivo. Essas pílulas causam menos efeitos colaterais e possuem cores diferentes, para diferenciar a dosagem e o ciclo. A ordem da cartela deve ser respeitada.
Em 2007, foi lançada no Brasil a pílula anticoncepcional que contém em sua fórmula drosperinona e etinilestradiol. Essa nova pílula é mais eficiente por amenizar os sintomas físicos e emocionais causados pelos hormônios femininos, como tensão pré-menstrual, acne e síndrome dos ovários policísticos.
Trata-se de uma cartela de 24 pílulas, cada uma 3mg de drosperinona e 0,02mg de etinilestradiol. Para que o medicamento tenha eficiência, é preciso tomar uma pílula por dia durante 24 dias e 4 dias de intervalo.
Há também a pílula do dia seguinte, que deve ser usada somente em situação de emergência.

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Tratamentos e cuidados

O método contraceptivo oral é a prática de prevenção mais utilizada atualmente. Além da contracepção, a pílula anticoncepcional também é utilizada na terapia de algumas doenças que acometem uma parcela das mulheres.
Na parte clínica, os métodos contraceptivos são usados para o tratamento de sintomas de patologias, tais como sangramentos irregulares, cólicas menstruais, TPM, diminuição do fluxo menstrual, endometriose e síndrome dos ovários policísticos.
Existem estudos que apontam que a pílula anticoncepcional pode diminuir a incidência de câncer de ovário e de endométrio, doença benigna da mama, o desenvolvimento de cistos ovarianos funcionais, artrite reumatoide, doença inflamatória pélvica (DIP), gravidez ectópica e anemia por deficiência de ferro.
A terapia com contraceptivos orais também é utilizada no tratamento contra sangramento irregular ou excessivo, acne, hirsutismo (aumento de pelos em locais não comumente femininos), dismenorreia e endometriose. Para evitar alguns desses problemas, têm-se oferecido regimes alternativos de uso dos anticoncepcionais chamados de regime contínuo, quando a mulher não para de usar o anticoncepcional, e regime estendido, quando a mulher o usa por períodos prolongados, geralmente de 84 dias seguidos de 7 dias de pausa.
Esses regimes mostraram que há benefícios e efeitos colaterais nessa nova maneira de usar o anticoncepcional. Um dos efeitos colaterais é o “spotting” ou a perda de sangue (em pequena quantidade) durante o uso do anticoncepcional.
A maioria das pacientes não está consciente desses benefícios à saúde, bem como do uso terapêutico dos contraceptivos orais. Orientação e educação são necessárias para ajudar as mulheres a ficarem bem informadas a respeito de decisões de cuidados com a saúde e aderência aos tratamentos.

Dúvidas comuns

A pílula anticoncepcional engorda?
Algumas pílulas anticoncepcionais possuem como efeito colateral o inchaço e um ligeiro aumento de peso, entretanto, isto é mais comum nas pílulas de uso contínuo e nos implantes subcutâneos.
A pílula anticoncepcional é abortiva?
A pílula anticoncepcional não é abortiva, mas quando ela é tomada durante a gravidez pode trazer prejuízos ao bebê.
Como tomar a pílula anticoncepcional pela primeira vez?
Para tomar a pílula pela primeira vez deve-se tomar o primeiro comprimido no primeiro dia da menstruação.
Posso ter relações no período de pausa entre as cartelas?
Sim, não há risco de gravidez nesse período se a pílula foi tomada corretamente durante o mês.
Preciso parar de tomar a pílula anticoncepcional de tempos em tempos para 'descansar'?
Não é necessário.
O homem pode tomar a pílula anticoncepcional?
Não, a pílula anticoncepcional é indicada somente para mulheres não tendo nenhum efeito contraceptivo nos homens.
A pílula faz mal?
Assim como qualquer outro medicamento, a pílula pode fazer mal para algumas pessoas, e por isso suas contraindicações devem ser respeitadas.
A pílula anticoncepcional muda o corpo?
Não, mas no início da adolescência as meninas passam a ter um corpo mais desenvolvido, apresentando mamas e quadris mais largos, e isto não se deve a pílula, nem ao início das relações sexuais.
A pílula anticoncepcional pode falhar?
Sim, a pílula falhar quando a mulher esquece de tomar a pílula todos os dias, não respeita o horário da toma ou quando vomita ou tem uma diarreia até 2 horas após tomar a pílula. Alguns remédios também podem cortar o efeito da pílula.
Quando a pílula anticoncepcional começa a fazer efeito?
A pílula anticoncepcional começa a fazer efeito logo no primeiro dia de sua toma, no entanto, é melhor esperar terminar uma cartela para ter relações.
Tenho que tomar a pílula sempre no mesmo horário?
Sim, deverá preferencialmente tomar sempre no mesmo horário, mas pode haver uma pequena tolerância no horário, de até 12 horas, mas isto não deve se tornar uma rotina. Se houver dificuldade para tomar sempre no mesmo horário, talvez seja mais seguro optar por outro método contraceptivo.
A pílula contraceptiva protege contra doenças?
Existem alguns estudos que indicam que ela pode diminuir o risco de alguns tipos de câncer, no entanto, ela não protege contra doenças sexualmente transmissíveis, e por isso além de tomar a pílula, deve-se usar preservativo em todas as relações sexuais

Referências

sexta-feira, 17 de março de 2017

Gravidez na adolescência

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A adolescência, idade compreendida, segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 10 e 19 anos, é uma época de várias descobertas. O pico nos níveis hormonais, por exemplo, pode levar ao início da vida sexual, que pode acontecer de forma desprotegida.

É grande a parcela da população jovem que ignora a existência de métodos contraceptivos ou, simplesmente, conhece-os, mas não os adota. Com isso, observa-se o aumento de doenças sexualmente transmissíveis, além da gravidez indesejada nessa faixa etária.

Dados de 2011 mostram que o país teve 2.913.160 nascimentos, sendo 533.103 nascidos de meninas com idade entre 15 e 19 anos e 27.785 nascidos de meninas de 10 e 14 anos. Vale salientar ainda que cerca de 30% das meninas que engravidam na adolescência acabam tendo outro filho no primeiro ano pós-parto.

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A gravidez na adolescência pode ter diversas causas. Algumas meninas relatam, inclusive, que a gravidez foi desejada. Entretanto, independentemente das causas e desejos de cada adolescente, fato é que a gravidez precoce é um problema de saúde pública, uma vez que causa riscos à saúde da mãe do bebê e tem impacto socioeconômico, pois muitas das grávidas abandonam os estudos e apresentam maior dificuldade para conseguir emprego.


  • A falta de informação está relacionada com o aumento das gravidezes na adolescência?

Apesar do que muitos pensam, os adolescentes dos dias atuais possuem, sim, conhecimento sobre a existência de métodos contraceptivos, uma vez que informações são fornecidas nas escolas, televisão e até mesmo pela internet. Entretanto, a maioria não sabe prevenir-se de forma adequada, não compreendendo o funcionamento de cada método, utilizando-o de maneira errônea ou, simplesmente, abandonando seu uso por questões pessoais.

Muitas mulheres afirmam não utilizar a camisinha por objeção do parceiro ou, ainda, por terem um relacionamento estável com um único homem e, por isso, não veem a necessidade do uso de métodos anticoncepcionais. Além disso, entre os adolescentes, é comum o pensamento de que uma gestação nunca aconteceria com eles. Esse pensamento imaturo também contribui para a não adesão de métodos contraceptivos.

É importante destacar que, apesar de ocorrer em diferentes grupos, a gravidez na adolescência está associada diretamente com baixa renda, baixa escolaridade e pouca perspectiva de futuro. Diversos estudos comprovam essa relação, inclusive dados governamentais.
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  • Quais problemas a gravidez na adolescência pode acarretar à mulher?

Muitas pessoas acreditam que o problema da gravidez na adolescência está exclusivamente no fato de muitas mães e pais nessa idade não apresentarem maturidade e renda suficiente para criar uma nova vida. Entretanto, o problema vai além dos fatores psicológicos e econômicos.

A mulher grávida precocemente pode apresentar sérios problemas durante a gestação, inclusive risco de morte. Entre os fatores biológicos que merecem destaque, podemos citar os riscos de prematuridade do bebê e baixo peso, morte pré-natal, anemia, aborto natural, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, risco de ruptura do colo do útero e depressão pós-parto.

Dados do Ministério da Saúde mostraram um total de 274 mortes relacionadas com a gravidez em adolescentes em 2004. Essas mortes, além das causas obstétricas, podem estar relacionadas com a tentativa de aborto, comum em adolescentes grávidas. Além da morte das mães, observa-se que a morte infantil é maior em crianças nascidas de adolescentes com menos de 15 anos, quando comparadas com as mulheres com idade entre 25 e 29 anos

Apesar de todos os riscos, é fundamental informar que a maioria dos problemas decorrentes da gestação em mulheres muito jovens poderia ser evitada com um pré-natal eficiente. Entretanto, pesquisas descrevem que mulheres que engravidam muito novas geralmente tentam esconder a gravidez e simplesmente não realizam o pré-natal no momento adequado. Além disso, é comum a tentativa de interrupção da gestação, o que retarda ainda mais a procura por assistência médica especializada.


  • Como evitar a gravidez na adolescência


Para evitar a gravidez na adolescência é necessário esclarecer todas as dúvidas dos adolescentes em relação a sexualidade, pois quem deseja ter uma vida sexualmente ativa deve saber tudo sobre como se engravida e como utilizar corretamente os métodos contraceptivos para evitar uma gravidez antes do tempo ideal. Por isso, informamos que só se engravida se o sêmen chegar ao útero da mulher durante o seu período fértil, que ocorre geralmente 14 dias antes da menstruação descer.

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A forma mais segura de evitar a gravidez é utilizando algum método contraceptivo, como os que citamos a seguir:
Camisinha: Usar sempre uma nova para cada ejaculação;
Espermicida: Deve ser pulverizado na vagina antes do contato íntimo e deve ser sempre utilizado em conjunto com a camisinha;
Pílula anticoncepcional: Só deve ser utilizada sob orientação do ginecologista, pois quando é tomada de forma errada não evita a gravidez;
Diafragma: Também só deve ser utilizada sob orientação médica.


(Visão da youtuber "Viih Tube" sobre Gravidez na Adolescência)



(Depoimento de youtuber  sobre Gravidez na Adolescência)